Hoje, daqui a algumas horas, será meu último dia de aula no colégio em que estive por 8 anos. Sentirei falta apenas das histórias e amigos que fiz, inclusive os professores que, depois de me aguentarem por tanto tempo, se importam por eu ter saído. Sentirei muita falta daqueles que sentirão falta de mim. Será uma mudança drástica, mas eu vou superar e, acreditem, vai ser melhor pra mim.
Tantas amizades, tantas histórias, tanta coisa, tanta vida. Vocês me criaram para a vida, por mais que eu não queira admitir. Me acharam: aquela pessoa de oito anos de idade, frágil, que não sabia fazer contas de dividir e tinha medo de livros grandes; e a transformaram, passando por inteligências diversas, gostos musicais variados, amizades engraçadas, medos incrivelmente bobos mas estupidamente importantes, viagens e brincadeiras, até chegar nessa pessoa de 16 anos de idade, com uma vida fora da escola que, se não fosse a escola em si, jamais teriam sido formada.
Muitas vidas passaram por mim, algumas se perderam mas outras, eu tenho orgulho de dizer, estão comigo até hoje. Durante dois, qautro e até oito anos. E, espero eu, para sempre. Porque até aqueles que passaram, eu lembro até hoje. Talvez não lembre dos rostos, mas lembro dos nomes. Talvez não lembre dos nomes, mas lembro dos rostos. Alguns eu lembro do rosto e do nome, mas não sei o que passamos juntos. Outros eu não lembro quem foram, mas sei que vivemos coisas incríveis. Tempos que se foram e que, enquanto eu estava no colégio, eu pensava que pudessem voltar. Por estar em alguma parte da escola e lembrar de uma história. Mas agora não, agora nada vai voltar. E eu não vou voltar. Dizer adeus e não olhar pra trás, porque é assim que se faz.
Amo vocês: turma 201, turma 101, turma 91, turma 82, turma 603, turma 503, turma 401, turma 301 e turma 202. E até aqueles que nunca foram da minha turma. Quase toda minha história se resume a vocês.
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