Estou preso em sorriso alheio
Precisando derramar minhas próprias lágrimas
Que congelaram feito gelatina
E foram servidas em baquetes psicossomáticos
Pagos com tíquetes nervosos
Por Analistas gastrônomos
Que jogam pôquer
Apostando barbitúricos
Em quartos enfumaçados de bordeis
distribuidores de DST (entre elas vida)
na lapa de Darfur.
Estou com lágrima presa
Precisando rir o riso dos mortos
Enquanto crianças escravas
Brigam por programas mais curtos
Para que lhes sobrem tempo
Para ver desenho animado na televisão.
Faço escolhas como quem morre
E fuma vitorioso seu último cigarro
Frente ao carrasco
E sigo levantando minha bandeira
Com a garganta seca de riso e choro
Protelando para as próximas encarnações.
Um Banquete que eu recebi na rua, de um artista chamado Nelson Neto.
quarta-feira, setembro 05, 2012
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