segunda-feira, outubro 25, 2010

As minhas melhores coisas do mundo

Eu tenho visto muitos bebês esses dias. E outro dia eu vi um casal de velhos na rua.
Pra mim, não há coisa melhor no mundo, mais bonita e adorável que ver um casal de velhos ou um bebê.
Porque não existe coisa mais simples e pura que um bebê, daqueles que nem a língua maculada que lhe impõem aprendeu ainda. Que te olha com os olhos brilhantes de quem tem o mundo a sua volta, a vida inteira a sua frente. Que tem o rostinho esperançoso de quem não conhece a maldade, curioso como quem acabou de chegar.
Assim como não existe coisa mais bela que duas pessoas que, tendo vivido tanto, ainda estão juntas, aturando um ao outro com seus defeitos e falhas que só se multiplicam durante o tempo passado. Que olham pra você com os rostos cansados de quem já viveu de tudo, os olhos compreensivos de quem já foi você, já foi seus pais e seus irmãos e que, depois de ser tanta gente, em tanta época diferente, vendo tanta coisa ruim que tem nesse mundo, conseguiram se apaixonar e continuam, até hoje, se apaixonando um por outro todo dia.

Minha vida pode ser uma merda, o mundo pode estar caindo aos pedaços, mas eu ainda consigo sorrir de verdade, nas raras ocasiões em que eu vejo passar um casal de velhos ou um bebê. Essas são as minhas melhores coisas do mundo.
Afinal, 'não é difícil ser feliz depois que a gente cresce, só é mais complicado'.

sábado, outubro 16, 2010

Freedom, oh, freedom

A sensação de liberdade. De estar indo pra algum lugar, não estar parado. Eu preciso dessa sensação pra ficar vivo, pra saber que estou vivo. É quase como me machucar, só que de um jeito bom. É sentir o vento passando, a vida rolando pela minha frente.
Chega de ver a vida nos outros, agora eu quero viver a minha própria.
Eu quero a minha liberdade. Eu preciso da minha liberdade. Preciso saber que estou indo, não importa aonde eu vou, não importa se eu vou voltar.
As rédeas da sociedade me prendem. Essa sociedade que insiste em dizer pra eu fazer tudo que eu quero fazer. Acho que eu levo isso a sério demais. Acho que eu devia parar. Mas eu não quero parar, não agora. Não agora que eu cheguei aqui, que o mundo já me fez inteiro.
O mundo é hipócrita. O mesmo mundo que me disse "seja você mesmo" agora me julga por quem eu escolhi ser. As mesmas pessoas que me disseram "não espere chegar amanhã pra fazer o que você quer" são essas que hoje me falam pra esperar mais um pouco, que ainda não tá na hora. Na hora de quê? Quanto tempo eu vou esperar pra fazer o que eu gosto? Pra viver minha vida, pra curtir as coisas. O tempo não espera. E nem a liberdade. E a minha já tá batendo na porta há muito tempo. Eu tenho que correr, porque se eu for esperar ficar mais velho, daqui a pouco vão me dizer que eu sou velho demais.