segunda-feira, novembro 26, 2012

O dessa noite


Comprei um panetone.
Tenho certeza de que não durará até o Natal.
É provável que não dure até o final de semana.
Tenho medo de que não dure até o final da noite.
Comi o panetone.

terça-feira, novembro 13, 2012

Muito


Dois. Um. Dois. Dois. Três. Dois. Três. Dois? Quê?
Uns relacionamentos frenéticos, mistura muito louca de sentimentos e relações. Todo mundo misturado; junto ou separado.
Passa pra aqui, para por lá; ama daqui, ama de lá; viaja pra ali, viaja pra cá. Uma relação grande como metade do Brasil, bagunçada como lençois da minha cama e que se encaixa de várias formas diferentes.
É tempo de mudanças, amores, reciclagem e carências. E saudades porque, independente do que sejamos, como posso viver sem vocês agora?

Amo muito, nos veremos em breve.
Com um beijo pra cada uma, da Aki.

domingo, novembro 11, 2012

Noves fora, zero.

A vida é boa. Cheia de altos e baixos, como uma grande montanha russa de momentos e, entre os altos, baixos e in betweens, sempre várias história incríveis pra ficar na memória.
E eu percebi que de todo dia merda dá pra tirar uma risada, uma gracinha ou um momento que é bom por sua simplicidade. Pára de guardar lixo na cabeça, Akiharu, guarda a parte boa e pensa que uma hora vai melhorar. E quando estiver bem não se vanglorie, porque uma hora vai piorar. E assim volto ao início do texto, aos altos e baixos dos quais se forma a vida. Boa em toda sua fantástica "maravilhosidade" e ruim como como todo bom monte de merda... mas antes de tudo, vida. Pra ser vivida. E pra se guardar tudo que couber na cachola e todos que couberem no coração, porque depois de um segundo, um dia ou uma noite... você só fica com a saudade que guardou daquele tempo que já foi, daquele sonho do qual você acordou pra poder sonhar de novo.

quarta-feira, novembro 07, 2012

Não sei nem o que falar

E isso é tudo que eu tô conseguindo dizer.

domingo, novembro 04, 2012

Eu Não Estudo Mais


Acabou. Toda minha vida acadêmica se resumiu a isso. Todos os meus feitos, meus professores, todo meu preparo se resumiu a esse final de semana, a essa prova. Todos os nove anos de estudo, testes, textos, notas e anotações... tudo se resumiu a esse singular momento da minha vida em que eu entreguei as duas provas mais importantes da minha vida acadêmica. E agora acabou. Assim, como se nem tivesse acontecido. Todo meu propósito se definiu no momento em que eu saí da sala e terminei uma das fases mais importantes da minha vida. A mais divertida e a mais chata, até agora. A única, até agora.
Agora vem a segunda etapa. Aquela em que a cultura que veio com todos esses anos permanece. Aquela em que só o que me importa é o que eu quero que importe. Claro que aprendi muito mais do que matérias pra essa prova. E agora é onde esse conhecimento que foi peneirado tão sabiamente durante todos esses anos, diferenciando aquilo que passa por essa primeira fase e aquilo que ficou, que se resumiu a uma prova, agora é onde eu ponho isso tudo à prova. Agora começa a nova história da minha vida, mais alguns anos e mais alguns conhecimentos adquiridos e diferenciados de outros que servirão para provas.
Agora que acabou... essa é a hora de jogar tudo fora. A hora de limpar minha mente de todo aquele preparo cuidadoso e sistemático de todos esses anos. É quase como a arte dos monges que fazem lindos desenhos de areia e sopram tudo pra longe depois. Agora acabou. Chega. Agora é hora de anarquizar minha vida, minha cabeça e mandar tudo à merda porque agora não há mais o que ser feito. Acabou.

Quando eu estava no colégio, na infância, eu pensava que tudo que me faria mais feliz no mundo seria acabar a escola... e parecia algo tão longínquo. O vestibular, quando inventaram o ENEM, era tudo muito longe, muito vago e muito cheio de esperanças. E hoje um ponto infinitesimal no espaço separou e transformou o futuro que eu tanto esperava e temia no passado  do qual eu tiro boas lembranças. E eu pensava nessa época, e acredito que todos pensamos em algum momento, que era só isso. Que era só terminar a escola e eu seria feliz e desimpedida pelo resto da vida. Mal sabia eu que ainda teriam outras fases, que sempre me poriam pra fazer alguma coisa, estudar mais, trabalhar, "ser alguém na vida". Agora vai começar essa história, espero que seja tão boa ou melhor e apenas tão ruim quanto a minha infância.

Acabou a minha infância. Agora sou adulta. Fiz o ENEM. Mas quer saber? Que se foda isso tudo. Quero mais é mandar essa prova à merda, quero mais é misturar tudo, bagunçar tudo. Agora sim eu vou viver, não quero saber de estudar, de trabalhar, por esse breve momento da minha vida no qual eu não estarei de férias. Eu estarei livre. Eu não serei mais estudante e não serei estudante ainda. Eu sei eu. Eu, ser humano. Quero mais é mandar essa prova à merda. Quero mais é ser feliz durante esse tempo que me resta. Afinal, não é uma prova, no meio de tantas outras, que vai definir a minha vida inteira. Eu defino a minha vida. E eu defino que ela não será resumida a uma prova. Quero é mandar essa prova à merda.