sábado, setembro 07, 2013

Marco zero do caralho!

É incrível quando você pára no meio da madrugada e percebe que você vai mudar. Você não vai precisar nem fazer nada, vai acordar um dia e vai ter mudado. E "um dia" serão várias vezes. Durante vários anos.
E, ok, todo mundo sabe que todo mundo muda. Mas ninguém nunca percebe. Você não, você vai mudar e vai perceber isso. Vai se olhar no espelho todos os dias pra ver a mesma pessoa que viu durante dezoito anos desaparecendo paulatinamente - mas, frisando o paradoxo, repentinamente.
É inimaginável pensar que, no marco de uma injeção, daqui a uma, duas, três semanas, você verá outra pessoa no espelho.
Eu quero essas mudanças; quero essas mudanças desde que comecei a puberdade e, ao invés de barba e ombros largos, ganhei peitos e culote. Mas sabe o que que é? Eu tenho medo de mudança. E querer minha segunda puberdade pode me fazer não ter esse medo... mas ainda é uma aventura.
Taí, essa era a palavra que eu tava procurando desde o começo do texto: aventura. Eu embarquei numa aventura de uma vida inteira ontem. E fui com tudo, pulei de cabeça, sem nem olhar pra trás. Sem nem pensar nas consequências (sociais e psicológicas). Não que eu vá pensar agora, não pensar nas consequências era meu plano desde o início. Pra ter coragem.
Aliás, um dia me disseram que eu era muito corajoso. Outro dia me perguntaram se eu me sentia corajoso.
Não, gente, não sou corajoso, sou inconsequente. A coragem que eu tenho de enfrentar a tudo e a todos não passa de um não pensar em nada nem ninguém além de mim. E, olha, não acho isso ruim não, viu. Se eu fosse pensar nos outros, não teria chegado onde cheguei com isso.

Mas é que o que eu queria falar mesmo, não falei.
Pra finalizar então, minha incredulidade no que está acontecendo e vai acontecer ao longo das próximas semanas se dá exatamente pela incredulidade que eu sempre tive de que esse momento chegaria.
Eu sempre me olhava no espelho ou numa foto e pensava como eu seria num futuro (do pretérito) totalmente incerto... como eu poderia ser. Só que agora eu serei e não preciso nem fazer nada! Como assim? Parece surreal. Quer dizer, eu tomei uma injeção, ok. Mas ela já foi. Não é presente nem futuro. Já tomei. E agora, mesmo que eu quisesse, não haveria nada a fazer pra impedir. E, porra, agora é o quê? Sentar e esperar? Eu sento e espero virem os efeitos que eu esperei que viessem durante, pelo menos, 4 anos, mas agora com a certeza de que eles virão? Isso ainda é muito estranho mim, essa certeza. Ainda parece que nada mudou, que nada vai mudar. E é aí que eu termino minha historinha, naquilo que eu comecei falando: aí você pára no meio da madrugada e percebe que você vai mudar.

sexta-feira, junho 14, 2013

"Sorria, você está sendo filmado"

Minha mãe vive me dizendo que "você vai crescer e vai mudar esse pensamento".
Eu não quero mudar meus pensamentos políticos nunca, mas sabe... talvez ela tenha razão. Talvez, no futuro, eu pare de acreditar em tudo que acredito hoje, em todos meus ideais e meus sonhos. Mas, se assim for, não é ela - nem ninguém - que vai me dizer quando, como ou se isso vai acontecer.
Ninguém devia fazer isso. Acabar com os sonhos das crianças, com as loucuras dos jovens. Se for pra crescermos pra longe disso, tudo bem, mas esse é o nosso momento de viver. Deixe que sejamos velhos amanhã e jovens hoje.
E não é porque alguém me disse que, mais pra frente, eu vou me envergonhar de ter pensado assim, que eu vou parar de fazê-lo agora. Eu espero que isso nunca mude, eu gosto da forma que eu penso, mas, se for pra mudar, não vai ser hoje. Hoje eu gosto dessa revolução, dessa emoção e de todos os gritos e pulos e atos. Essa é minha opinião política! Deixe-me tê-la.
E, mesmo que eu vire tudo aquilo que eu luto pra mudar hoje, eu não quero parar de lutar por causa do futuro. Eu não sou velho agora, agora eu sou jovem e anarquista e libertário e é com isso que eu vou me importar! E agora tudo o que eu quero é mudar o mundo, eu sou jovem, aquariano, tenho espírito rebelde e gosto de ser livre e tenho todo o direito de sonhar ser assim pra sempre, de querer ser assim pra sempre. Mesmo que depois eu não o seja.
Mas cá entre nós, eu realmente não quero envelhecer quadrado.

sexta-feira, junho 07, 2013

Normal é ser humano

Eu vejo três problemas em me assumir.
O primeiro de todos é que se assumir é um saco. Ter que esperar uma resposta - boa ou ruim - dá ansiedade e é torturante. Ter que contar me faz sentir como se estivesse contando a verdade depois da mentira. O que é meio real. Mas eu queria que todos simplesmente soubessem. Como sempre souberam em relação a todo o resto.
O segundo é que... eu não quero ser forçado a ser algo.
Sempre que eu for no psiquiatra, serei forçado a ser homem.
Em todo o resto do tempo, sou forçado a ser mulher.
E eu não quero. Não quero ser forçado a ser porra nenhuma! Quero só ser. Ser o que eu quiser, ser sensível, ser um homem, ser um chorão, ser delicado e bruto ao mesmo tempo, ser espontâneo, ser eu. Quero só poder ser eu, em paz. Sem ser forçado a assumir um estereótipo. O mundo seria muito mais fácil se todos só fossem.
E finalmente: por que todo mundo se importa?
Alguns se importam lutando contra mim. Querendo que "gente como eu" desapareça. Dizendo que nós não existimos, que é tudo maluquice da nossa cabeça. Nos odiando.
Outros se importam achando legal, lutando a favor, dando sorrisos e abraços e falando "parabéns!"
E não me entendam mal, eu gosto que vocês lutem a favor, afinal existe tanta gente lutando contra. E eu luto com vocês, é claro.
Só o que eu queria era que vocês não se importassem. Eu não quero receber abraços e parabenizações. Eu só quero que vocês falem "tá bom", como se não fosse nada demais.
Porque, e agora eu chego no ponto mais importante, eu só quero que não seja nada demais.
Eu quero poder ser o que eu quiser e que os outros sejam o que quiserem, até "macacos sem sexo ou sei lá".
E quero que não faça diferença alguma. Quero não precisar contar, porque ninguém automaticamente assume que eu seja cá ou lá.
Ou pelo menos quero que, por favor, não se importem.
Porque, lá no fundo, por mais diferente e esquisito que eu seja, eu só quero ser normal.

Mas por que o nome se é amargo?

Tudo brilhava.
Luzes, carros, semáforos e pessoas. E, ah! tinham muitas pessoas!
Foi uma experiência incrível e não acredito que teria sido a mesma coisa se tirássemos qualquer um dos que estavam ali. Ou qualquer das situações.
Inclusive, em 'cada um dos que estavam ali', pode-se adicionar ao pacote todos os animais - friso que eram camelos, dromedários, um dragão chinês, coelhos, thundercats, etc - e todas as pessoas que vieram depois do amanhecer. Aqui estou incluindo os que viveram minha ressaca e que me deram um domingo calmo e magnífico, cheio de planos futuros. Devo muito a vocês também.
E como tudo brilhava. "A vida é tão bonita!"
E deixem-me expressar a sensação de união que se gerou em mim ao perceber que foi como coração de mãe e que, nesse compartilhamento, pudemos aproveitar coletivamente e, mesmo assim, cada um à sua maneira, a noite que tivemos.
Ah!
Uma nota separada pros dois que me proporcionarão reflexões por vários dias.
E obrigado aos capítulos da novela que salvaram a noite quando tudo estava na pior.
Vocês são incríveis, obrigado por me concederem a melhor noite da minha vida e espero que seja até agora. E espero que vocês estejam comigo ao quebrar o recorde.
E mais uma vez pra ver se todo mundo aprende: tudo brilhava.
Ah, e obrigado por cuidar de mim. Eu provavelmente ainda estaria na praia se não fosse por você. Sem mil risadas dessa vez, te prometo que na próxima será mais organizado.
Eu amo todos vocês. Os da noite e os do dia seguinte.
Agora eu preciso dormir. Boa noite e bom dia para todos. Até breve, meus amores.

Só pra deixar claro: tudo brilhava.

segunda-feira, abril 29, 2013

Às vezes é domingo no meio da semana


A paz invadiu a sala
Espera, tô respirando?
Ótimo
Então não morri

Olho pros meus braços
Têm pele
E pele, olha que órgão estranho
A gente vê, cheira, lambe, lembra, morde, rabisca
Já tentou sentir sua pele?

E tenho carne, também
Estou pelado na sala
Só vejo carne revestida de pele
O ser humano é feito disso
De ser humano

A gente olha pra gente e acha normal
Dois olhos, um do lado do outro
Mas um só nariz
Uma só boca, mas com vários dentes
Pequeninos e diferentes
Partes moles e duras
Horizontais, verticais e amorfas
Eu tenho tudo isso
Pele, carne, dentes...

'Tô me "olhano" no espelho
Mas olha só o espelho
A imagem mais "verdadeira" que temos de nós mesmos
É absolutamente o nosso inverso!
E todo mundo acha isso natural
Pára de se olhar no espelho.
Pára, Eduardo, chega!
O ser humano é um animal deformado
Nada contra, não
Até gosto.

Não tem mais paz na sala
Foi pro quarto
Me esperar pra jantar e dormir
Encontrou lá um espelho e meus dentes
"Ei! Gente!
Por gentileza, tem espaço pra mais um?"

domingo, abril 21, 2013

E as noites sem dormir, de onde vêm?


Dezesseis livros. Menos um, dezessete.
Quatro problemas. Menos um, cinco.
Duas pilhas de roupas. Menos uma, três.

terça-feira, abril 09, 2013

Etiqueta.

"Everything that grows has roots. Adopt children not styles. The reason for so many messages is because they make you think."

De corpo mutável e coração bravo.

Ele transcende a existência.

quinta-feira, abril 04, 2013

"Ei, meu querido! A conta, por favor?"


Você me amava.
Me amou. Me amaria?
Nós nos amamos naquela sexta à noite, depois de cinco shots de tequila. Nos amamos novamente na noite seguinte, saindo do bar às 4 da manhã.
Na semana seguinte, você me amou durante a tarde, no restaurante. Você me amou depois do trabalho, eu em horário de almoço.
Você disse, eu me lembro. Eu disse que te quero, você respondeu "eu te amo".
Nós íamos nos casar no litoral, numa casa de campo alugada por temporada com seu cartão de crédito. Eu ia fazer o bolo, eu faço um bolo de morango muito bom. Seria uma cerimônia simples, eu convidaria meus amigos pois os seus não poderiam vir. Duraria o dia todo e, mais à noite, mandaríamos todos embora com docinhos bem-casados. E nos amaríamos a noite toda.
Esse era o nosso "felizes para sempre".
Mas você não é o amor da minha vida. É uma paixão passageira.
E eu não sou tudo que você sempre quis. Sou só um cara vestido de garçom.
Tenho plena consciência de que isso nunca daria certo e, depois da nossa aventura de uma semana, como previsto, você se foi.
Mas eu te amei de volta, não pense que sou cafajeste.
Eu te amei de volta naquela sexta à noite. Eu te amei de volta na noite seguinte. Eu te amei de volta quando você me encontrou no trabalho, com seu terno e sua maleta, e saímos para almoçar. Eu te amei de volta no nosso casamento. E, de tanto amar, acordei na minha cama, com uma ereção, depois da nossa noite de núpcias.
Ora, esse foi o nosso "felizes para sempre". E, como nos filmes de princesas, a nossa história acabou aí.
Você é homem, afinal. Tem mulher e dois filhos.
E eu...
Ah, eu sou só humano!

"Não me leva ao pé da letra, essa história não tem pé nem cabeça"

"Acordei com o pé esquerdo, calcei meu pé de pato, chutei o pé da cama, botei o pé na estrada.
Deu um pé de vento, caiu um pé d'água, enfiei o pé na lama, perdi o pé de apoio, agarrei num pé de planta, despenquei com pé descalço. Tomei pé da situação.
Tava tudo em pé de guerra."

quarta-feira, abril 03, 2013

Des-se-envolver


Somos adultos agora.
E será só isso. Mas será só isso?
Nós mudamos e nos mudamos, mesmo que discretamente.
Mas minhas transformações internas me ensinam que, apesar de qualquer apesar, nos encontramos e reencontramos. E a cada dia mais adultos. E a cada dia mais vividos, mais mudados.
E, se não podemos nos ver toda semana, que haja muito amor em cada reencontro e, "promete que vamos nos ver pelo menos em aniversários?"
Prometo.

Amanhecemos um lindo dia.
Depois do reencontro, cada um pro seu lugar.
"Até semana que vem" e encerramos nossa noite, enquanto as "pessoas de bem" estão iniciando seus dias.

segunda-feira, abril 01, 2013

I get it now. I just had an epiphany. And it feels awesome.

I don't have to be certain that people are gonna think of me the way I think of myself every time I pass by them on the street to feel good. And I know that it doesn't matter what I do or how much I change, there's always gonna be one person to judge me and say that I'm not who I am. And I can't live by their judgement. People are too judgemental. So, from now on, I'm just gonna live.

E o sol de sábado que nasceu nostálgico

É incrível como as coisas mudam e a gente nem percebe.
É incrível como a vida é boa e a gente se esquece.

Boa noite, te vejo qualquer dia desses.

sexta-feira, março 15, 2013

Nenhum Estado é dono de mim!

O corpo é de cada um pra tê-lo como quiser. Faça sexo com o sexo que quiser, ame o amor que tiver pra amar. Somos seres humanos e, portanto, livres.
E sai fora todo mundo, seus corruptos bitolados e criminosos!
Que país é esse?

segunda-feira, março 11, 2013

The perks of being a wallflower:

Once on a yellow piece of paper with green lines
he wrote a poem
And he called it "Chops"
because that was the name of his dog
And that's what it was all about
And his teacher gave him an A
and a gold star
And his mother hung it on the kitchen door
and read it to his aunts
That was the year Father Tracy
took all the kids to the zoo
And he let them sing on the bus
And his little sister was born
with tiny toenails and no hair
And his mother and father kissed a lot
And the girl around the corner sent him a
Valentine signed with a row of X's
and he had to ask his father what the X's meant
And his father always tucked him in bed at night
And was always there to do it

Once on a piece of white paper with blue lines
he wrote a poem
And he called it "Autumn"
because that was the name of the season
And that's what it was all about
And his teacher gave him an A
and asked him to write more clearly
And his mother never hung it on the kitchen door
because of its new paint
And the kids told him
that Father Tracy smoked cigars
And left butts on the pews
And sometimes they would burn holes
That was the year his sister got glasses
with thick lenses and black frames
And the girl around the corner laughed
when he asked her to go see Santa Claus
And the kids told him why
his mother and father kissed a lot
And his father never tucked him in bed at night
And his father got mad
when he cried for him to do it.

Once on a paper torn from his notebook
he wrote a poem
And he called it "Innocence: A Question"
because that was the question about his girl
And that's what it was all about
And his professor gave him an A
and a strange steady look
And his mother never hung it on the kitchen door
because he never showed her
That was the year Father Tracy died
And he forgot how the end
of the Apostle's Creed went
And he caught his sister
making out on the back porch
And his mother and father never kissed
or even talked
And the girl around the corner
wore too much makeup
That made him cough when he kissed her
but he kissed her anyway
because that was the thing to do
And at three a.m. he tucked himself into bed
his father snoring soundly

That's why on the back of a brown paper bag
he tried another poem
And he called it "Absolutely Nothing"
Because that's what it was really all about
And he gave himself an A
and a slash on each damned wrist
And he hung it on the bathroom door
because this time he didn't think
he could reach the kitchen.

That was the poem I read for Patrick. Nobody knew who wrote it, but Bob said he heard it before, and he heard that it was some kid's suicide note. I really hope it wasn't because then I don't know if I like the ending.

Love always,
Charlie

sexta-feira, março 01, 2013

Desculpe o transtorno, estamos trabalhando por um prefeito melhor

Parabéns Rio de Janeiro.
Parabéns Rio - a cidade - por manter seus cidadãos firmes e fortes contra esse governo que só faz lixo, que parece que não quer ver os 449 e que tem planos de explodir a cidade ainda esse ano.
Não temos metrô, não temos ônibus, não temos teatros, não temos praia, não temos escolas, não temos faculdades, mas temos um prefeito que pede "desculpas pelo transtorno, estamos trabalhando por um Rio melhor". Ah, e não posso esquecer: temos, sim, que pagar por tudo isso. Pagamos a mais na comida, pagamos a mais nos carros, pagamos a mais nos ônibus, pagamos a mais nas barcas, pagamos a mais no metrô, pagamos a mais nas nossas casas, pagamos a mais pra beber água! e se quisermos protestar, pagamos a mais pelo protesto também. Pagamos "para melhor atendê-los".
Então eu dou parabéns ao Rio por amanhecer chuvoso, em greve, com manifestações, com petições e abaixo-assinados e com, pelo menos, uma porção - nem que pequena -, mas a cada dia maior em uma pessoa, de gente que sabe disso e que grita para todos ouvirem e que luta para melhor atender a nós mesmos, os que desfrutam da cidade e que pagam o preço - alto - para ver mais e mais intermináveis cartazes de construção.
Parabéns Rio - a cidade.


quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Nativos

E ficam na terra, como todo animal deveria ficar...
Inclusive humanos, mas a gente preferiu ter cama macia a maçã sem veneno.

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

E uma última pelos direitos de voz de não-doutor Nathan

"Uns tais de dezoito anos aí... tô sabendo.
E eu não me preocupo, nem escrevo letras de melancolia, babe.
Porque você tem o seu jeito, o seu modo guerreiro de ser. E eu sei que o caminho se tornará cada vez melhor e mais bonito na sua vida.
Sem bon voyages, não acredito em au revoir.
No que precisar, te devo teu presente de 18 anos!"

Onde homens e mulheres lembram que são deuses


Foi nessa que literalmente acabei de pular de um penhasco com asas nas costas pra voar sobre a cidade.
E me libertar do chão e de tudo que o pertence.

É assim que se faz:
Você corre pra longe de todas as certezas que tinha; corre pra longe do chão em direção ao céu, em direção ao sol. Munido apenas de asa, como Ícaro. Só que, daí em diante e diferente de Ícaro, você não cai, voa.
E, a partir de então, tudo está bem e você é a pessoa mais livre do mundo, nos breves momentos em que nem a gravidade te prende mais e você está suspenso no ar, puxado para o alto e em diante.
E você voa, voa.

Noves fora: menos um.

Dezoito chegou aqui levinho, levinho.
E me deixou assim: velhinho, velhinho.

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Nostálgica


Take some time to search for the faces of people who knew you eight to ten years ago and whom you grew apart and get a good look at how they are now. Grown ups.
They've become people, they've grown into their own selves and now... oh, now they look like adults, actual human beings.

And if you look real closely you still can see that little person from ten years ago inside of them.
That's a beautiful thing, what time does.
Oh, wonder what I might look like to them.

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Pra você ver:

- Nem tudo que reluz é ouro.
- Às vezes é só um resto de glitter.

terça-feira, janeiro 29, 2013

Antes de existir a voz, existia o silêncio.




















Até que o primeiro se levantou pra gritar. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

quinta-feira, janeiro 24, 2013

Antes de abrir, pense

És cego de tanto enxergar
Pondera o que queres ver
Respira
Abre os olhos
Vamos, abre os olhos!
Absorve tudo o que vês
Agora olha de novo
Será que vês realmente tudo isso
Ou isso é tudo que podes ver

sábado, janeiro 19, 2013

Infinito
Livre
Sexual

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Nós somos os filhos dos hippies


Nossa juventude tresloucada.
Nós somos a geração que quebrou o código de que "jovens imitam a geração de seus avós, tentando ser diferentes de seus pais". Nós não somos diferentes de nossos pais.
Nós, que nascemos na década de 90.
Nós somos como nossos pais, querendo ou não. Nós somos os novos hippies, os novos punks, os novos roqueiros, os novos undergrounds, os novos hiphopers, os novos viajantes, os novos drogados e até os novos caretas. Nós somos os nossos pais, só que novos.
Nós somos os filhos dos hippies.
Nós somos os filhos da geração coca-cola.
Nós somos os filhos dos hippies.

sábado, janeiro 12, 2013

Uai, quê que cê acha?

Mas por que será que,
de uns tempos pra cá,
só mocinhas de Minas
com tatuagens circulares
no ombro ali perto das costas?

terça-feira, janeiro 08, 2013

Natureza


A primeira vez que a vi foi ao passar descontraído pela orla da floresta. Ela era uma linda morena. Me fez parar pra olhar. Ela então me chamou com os olhos, entrou na mata, a segui. Não sabia nem por onde andava, mas estava certo de que iria parar num lugar mágico. Não foi diferente do que pensei, estava escurecendo quando cheguei à cachoeira mais linda que já vi. E lá estava ela, tirou a roupa e entrou na água. Não entrei junto, não tirei minha roupa nem falei palavra a ela. Só a observei, parado ali, de longe.
Acordei. Tenho até hoje a lembrança daquela sereia que me hipnotizou e me deixou sozinho a pensar, embriagado e perdido na floresta, sentindo o cheiro da mata, o cheiro dela, ouvindo a água bater nas pedras. Me apaixonei pela Natureza, desde esse dia vou à cachoeira de vez em quando, só para vê-la de novo, só para senti-la de novo.
Hoje entro na água quando ela me chama e acordo feliz por tê-la sentido entre minhas mãos, em minha cabeça, de olhos fechados, em meu corpo todo.
Sou apaixonado pela sereia Natureza.

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Angra dos Reis


Será você então minha consciência?
E por que então me apaixonei?
Ou será que é só carência?

terça-feira, janeiro 01, 2013

Oh, Maria

Como maria-fumaça
Maria soltava fumaça
E, de graça, sorria,
Maria, no meio da folia.
E olhava o céu, tranquila,
Feliz da vida.
Com seu cigarro na mão,
Dançava sentada no meio da gente,
No meio da praça...
Tresloucada
Como maria-fumaça
Ora quieta, ora desgovernada.