quinta-feira, abril 05, 2012

Pequeno conto de amor, por um filho apaixonado

Eu peço vocês imaginem essa história sendo cantada pela voz rouca de um jovem para o amor de sua vida:

Era época do rádio em Nova York.
Meu pai havia acabado de se formar em medicina. Apanhou o diploma e entrou no primeiro ônibus para a emissora de rádio que minha mãe ouvia naquela época. Ela adorava essa rádio. Entrou pelo prédio, escada acima, até o último andar, onde aconteciam as transmissões. Estava tocando uma música melosa, meu pai fez um pedido para tocarem um rock que era meio jazz, meio blues, meio hippie. Era a música que fazia minha mãe se lembrar dele, e lembra até hoje. Minutos antes de tocarem a música, ele puxou o microfone e declarou seu amor ao mundo, esperando que, com sorte, ela estivesse ouvindo naquele momento. "Oh querida Clementina, eu te amo. Casa comigo?" foi o que ele disse, e foi só isso que bastou. Na esquina de casa, ele foi atacado por braços, cabelos e beijos e um sincero "eu te amo". E "eu te amo" foi tudo o que ela disse, dizem eles que não era preciso mais nada, tudo estava implícito naquelas palavras. Nove meses depois daquela noite, eu nasci.
Essa é a história de amor mais linda que eu já ouvi, mas eu pretendo fazer uma ainda melhor. Você aceita o desafio?

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